Boletim do 39º Congresso do ANDES-SN
Acompanhe as notícias do 39º Congresso do ANDES-SN com o tema central “Por liberdades democráticas, autonomia universitária e em defesa da educação pública e gratuita” aqui, no site da ADUR.
Data: 12/02/2020.
CONFIRA CARTA DE SÃO PAULO, DOCUMENTO QUE SINTETIZA AS DELIBERAÇÕES DO 39º CONGRESSO
Dez dias após o aniversário de 466 anos da cidade mais populosa da América Latina, São Paulo recebeu o 39º CONGRESSO DO ANDES-SINDICATO NACIONAL, realizado entre os dias 04 e 08 de fevereiro de 2020, com o tema “Por liberdades democráticas, autonomia universitária e em defesa da educação pública e gratuita”. Sediado pela histórica Associação dos Docentes da Universidade de São Paulo (ADUSP-Seção Sindical), o Congresso, com 86 seções sindicais, 460 delegadas/os, 178 observadoras/os e 14 convidadas/os, além de 34 diretores/as totalizando 680 participantes, sendo o de maior presença de seções sindicais e de delegadas/os da história do ANDES-SN. Os participantes estavam nutridos pela certeza da construção da greve da categoria em uma das mais importantes batalhas contra a destruição dos institutos federais, CEFET e universidades por uma extrema-direita que, recentemente, na fala do Ministro da Economia, qualificou os servidores e servidoras públicas de “parasitas”.
O trecho acima abre a Carta de São Paulo, documento que sintetiza as deliberações do 39º Congresso do ANDES-SN, realizado entre 4 e 8 de fevereiro.
Para conferir documento na íntegra, clique aqui.
Data: 09/02/2020.
Delegação da ADUR-RJ a maior em 10 anos
A delegação da ADUR-RJ – uma das maiores desde 2009, com a presença de treze delegados – marcou presença na última semana, no Congresso Nacional do ANDES-SN. Diante dos nefastos ataques à universidade pública, gratuita e de qualidade, foi aprovado por unanimidade um calendário de lutas para os próximos meses e pautada a construção de greve das Federais, buscando ainda articulação com docentes das Redes Estaduais e Municipais. Além do indicativo de greve, foi marcado o dia da Greve Geral da Educação para 18 de março.
A comunidade Ruralina, historicamente aguerrida, iniciará o processo de construção da Greve através de reuniões e assembleias na ADUR. A defesa da educação pública depende de nós professores! Mobilize-se, o futuro da educação, ciência e tecnologia estão sob ataque! Lutar é a única saída!
Não somos parasitas e sim os pilares da educação pública brasileira!
Confira calendário de Lutas da ADUR-RJ
Reunião Extraordinária de CR | 03/março | 14h00 |
Café da manhã na ADUR | 04/março | 9h00 |
Reunião de Comissão de Mobilização | 04/março | 14h00 |
Assembleia Geral | 11/março | 13h00 |
Greve Geral da Educação | 18/março |
Diretoria da ADUR-RJ (Biênio 2019-2021)
Galeria de Fotos
Confira calendário de Lutas aprovado na Plenária do Tema II do 39° Congresso do Andes-SN:
Data:09/02/2020.
Porto Alegre sediará o 40º congresso do Sindicato Nacional
A cidade de Porto Alegre (RS) foi escolhida como sede para receber o próximo congresso do Sindicato Nacional. A 40ª edição do evento marcará também o aniversário de 40 anos do ANDES-SN. Ao apresentar a candidatura única, Rúbia Vogt, delegada da Seção Sindical do ANDES-SN na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), pontuou as facilidades de acesso à capital gaúcha. Destacou as lutas empenhadas pelos docentes, estudantes e técnicos da universidade federal do rio grande do sul (UFRGS), que ocuparam a instituição contra o programa Future-se. A docente lembrou que a UFRGS já sediou o 17º Congresso do Sindicato Nacional, em 1998. Ela ainda mencionou o fato da seção sindical completar, assim como o ANDES-SN, 40 anos em 2021.
Data:08/02/2020.
Eleição para diretoria do ANDES-SN tem duas chapas inscritas
D
uas chapas se inscreveram para participar do processo eleitoral para a diretoria que estará à frente do ANDES-SN, durante o biênio 2020/2021. As chapas apresentaram, durante o último dia do 39º Congresso do ANDES-SN (8), os candidatos aos cargos de presidente, secretário-geral e 1º tesoureiro. E têm até o dia 9 de março para apresentar a composição completa das chapas. As eleições acontecem entre os dias 12 e 13 de maio de 2020, em todo o território nacional.
CHAPAS
A Chapa 1 – denominada Unidade para Lutar: Em defesa da educação pública e das liberdades democráticas, é composta pelas professoras Rivânia Moura (UERN) e Maria Regina Ávila (UFSC), candidatas aos cargos de presidente e secretária-geral respectivamente, e Amauri Fragoso Junior (UFCG), para o cargo de 1º tesoureiro.
Já a Chapa 2, denominada RENOVA ANDES, é composta pela professora Celi Taffarel (UFBA), para o cargo de presidente, e os professores Luis Antônio Pasquetti (UnB) e Paulo Opuska (UFPR), para os cargos de secretário-geral e 1º tesoureiro, respectivamente.
Paridade
Essa é a primeira eleição do ANDES-SN que contará com o fator paridade de gênero para a composição das chapas. Conforme deliberado no 38º Congresso do ANDES-SN, em 2018 em Belém (PA), a chapa deverá conter, na composição dos cargos da presidência, secretaria e tesouraria a participação de, no mínimo, seis mulheres. Já para os cargos de todas as secretarias regionais deverá ser garantida a presença de no mínimo 36 mulheres, sendo pelo menos um cargo de 1ª vice-presidente e 2ª vice-presidente na totalidade das regionais.
Data: 08/02/2020.
39º Congresso delibera pela permanência do ANDES-SN filiado à CSP-Conlutas
Docentes que participam do 39º Congresso do ANDES-SN deliberaram que o ANDES-SN, amplie o debate nas bases sobre a construção da CSP-Conlutas e o seu papel nas lutas nos últimos dez anos.
Em um primeiro momento, após um debate que durou cerca de cinco horas, por 255 votos a 142, professoras e professores deliberaram pela permanência na Central Sindical.
A mesa foi presidida pelo 1º vice-presidente da regional São Paulo do ANDES-SN, Rodrigo Medina, que destacou a importância de o Sindicato Nacional realizar um balanço da atuação junto à CSP-Conlutas. “Considero bastante responsável a decisão da plenária de propor o balanço crítico da CSP-Conlutas. Uma das tarefas que nos é imposta é a de pensar o papel das Centrais Sindicais na luta. Nós não queremos dividir o movimento sindical, e sim queremos estar junto de quem está na luta, em uma perspectiva classista. Diante do apresentado, acho saudável fazer um balanço crítico da atuação da CSP-Conlutas. Em razão das tarefas que nós temos que desempenhar, o ANDES-SN deve passar em revista as relações com outras entidades, inclusive com as centrais sindicais. Estar dentro de um conjunto de relações que nos permita um avanço qualitativo para a luta, é trabalhar para que nossos objetivos sejam alcançados”, afirmou Medina.
Conad Extraordinário
Após aprovarem a manutenção da entidade filiada à CSP-Conlutas, os docentes deliberaram pela realização de um CONAD Extraordinário, no segundo semestre de 2020. O evento será a oportunidade para que os docentes possam debater sobre a relevância da CSP-Conlutas, sua atuação nos últimos dez anos e o seu papel na resistência contra os recentes ataques contra a classe trabalhadora. Além disso, o CONAD extraordinário possibilitará que a base do Sindicato Nacional discuta sobre a manutenção ou desfiliação do ANDES-SN na CSP-Conlutas.
O Caderno de Texto do 39º Congresso afirma ainda que, “esse momento deve ser de construção do balanço dos últimos dez anos da CSP-Conlutas, do seu papel na conjuntura para apontar os caminhos, enfrentar e superar a fragmentação da classe trabalhadora. Daí a necessidade de debater com profundidade os rumos da Central e do processo de reorganização da classe trabalhadora”.
Os debates e deliberações oriundos do Conad servirão de base para que o 40º Congresso do ANDES-SN possa retomar os trabalhos e decidir pelo melhor caminho para a entidade. Esse será o oitavo Conad Extraordinário realizado pelo Sindicato Nacional. O último foi em maio de 2015.
Para finalizar, Rodrigo Medina destaca ainda o êxito do 39º Congresso nas discussões e deliberações da plenária. “Considero, até aqui, um congresso bastante exitoso. Nós avançamos muito, principalmente em relação a greve do serviço público federal e sobre a greve nacional do setor da educação. É uma resposta importante da classe em resposta aos ataques nacionais que a educação vem sofrendo, um instrumento imprescindível para o quadro histórico que atravessamos”, conclui Rodrigo Medina.
Data:07/02/2020.
A construção de uma greve dos docentes das Federais, se possível em conjunto com os docentes das Estaduais e Municipais, foi amplamente discutida durante a plenária que tratou do Plano de Luta do Setor das Federais. Os delegados indicaram ainda o diálogo com outras categorias para a construção de uma greve do setor da Educação, e ainda dos servidores públicos, rumo à construção de uma greve geral, em defesa da Educação Pública e para enfrentar os ataques dos governos federal e estaduais.
Foi aprovado por unanimidade um calendário de lutas para os próximos meses (veja abaixo na íntegra), que prevê rodada de assembleias até o dia 13 de março para debater a construção da greve e reunião conjunta dos setores nos dias 14 e 15 do mesmo mês. Na sequência, os docentes participarão do dia nacional de luta com paralisação, atividades e mobilização em 18 de março.
Após a avaliação de que os ataques do governo federal à Educação Pública, como o programa Future-se, também impactam nos estados e municípios, os delegados deliberaram por construir a greve das Ifes junto com os docentes das Estaduais e Municipais, buscando articular com demais entidades, para uma greve conjunta do Setor da Educação. Além disso, foi pautada a necessidade de incentivar e implantar a criação, nos estados, do Fórum Sindical, Popular e de Juventudes por Direitos e Liberdades Democráticas, o fortalecimento da Frente Escola sem Mordaça e a luta contra a militarização das escolas.
Foram aprovados ainda encaminhamentos e ações na defesa da autonomia universitária, em relação à nomeação de reitores, defesa das liberdades democráticas, de expressão bem como da autonomia pedagógica para o livre exercício do ensino, da pesquisa e da extensão.
Assim como a luta pela defesa da carreira no setor das Iees/Imes, perante ações de governos estaduais e municipais, do regime de trabalho em Dedicação Exclusiva, como o regime prioritário para as professoras e professores das universidades, faculdades e colégios ou escolas de aplicação. Segundo Emerson Duarte, segundo vice-presidente da Regional Norte II, que presidiu a segunda plenária, este é um novo patamar de mobilização diante da realidade que está posta. Tanto dos ataques nas áreas de educação, ciência e tecnologia, como também dos ataques dos governos estaduais, com foco nas contrarreformas da previdência. ‘’A categoria se arma com um plano de lutas que cumpre um papel importante na atual conjuntura e saímos vitoriosos ao aprovar o calendário de lutas para realizar assembleias nas nossas bases e na reunião conjunta dos setores. Precisamos ampliar e fortalecer o movimento de resistência unitária’’, comenta Emerson.
Os presentes decidiram, ainda, por intensificar a luta contra a Medida Provisória 905/2019 (da carteira verde e amarela) e medidas similares, contra propostas de lei que ataquem a autonomia universitária como o PL 4992/2019, pela revogação das portarias 1469/2019, 2227/2019 e contra a MP 914/2019, entre outros. Além de combater a militarização das escolas, a implementação do Ensino a Distância, no ensino fundamental, médio e superior, e dar continuidade à luta contra o Future-se e o programa Escola Sem Partido.
SPF
Em relação à atuação do setor junto aos servidores públicos federais, os participantes do congresso aprovaram dar continuidade à mobilização com os demais servidores, na luta contra os ataques aos serviços públicos. Se posicionaram favoráveis à construção da Campanha Unificada dos SPF, à rearticulação da Cnesf, por manter a luta pela revogação da EC 95/2016, à EC 103/2019, contra a PEC 13/2020 e seus efeitos imediatos.
Votaram ainda por envidar esforços para a construção da greve dos Servidores Públicos Federais, em articulação com servidores estaduais e municipais, em articulação com as entidades e organismos dos trabalhadores no primeiro semestre de 2020, tendo na greve do dia 18 de março um dia de greve fundamental para mobilizar. A deliberação foi aprovada depois de um amplo debate de como os servidores públicos nos estados e municípios estão sofrendo ataques semelhantes aos que vêm sendo impostos aos servidores federais, como a reforma da Previdência encaminhada em vários estados no final de 2019 e início desse ano.
Os debates do Plano de luta do Setor das Ifes tiveram início na plenária do tema 2 na quinta-feira (6) e foram concluídos na tarde dessa sexta-feira (7). O 39º Congresso do ANDES-SN está sendo realizado desde terça (4), na Universidade de São Paulo (USP), na capital paulista.
Confira calendário de Lutas aprovado na Plenária do Tema II do 39° Congresso do Andes-SN:
Data:07/02/2020.
Luta por carreira, dedicação exclusiva e orçamento pautam debates sobre plano de luta das Iees/Imes
Os quase 700 participantes do 39º Congresso do ANDES-SN iniciaram as plenárias deliberativas, na tarde dessa quinta-feira (6), com os debates sobre os planos de lutas dos Setores das Instituições Estaduais e Municipais de Ensino Superior (Iees/Imes) e das Instituições Federais de Ensino (Ifes).
A intensificação da luta em defesa da carreira docente, do regime de dedicação exclusiva (DE), por recomposição orçamentária e garantia de recursos, por melhores condições de trabalho e ainda no combate ao adoecimento da categoria foram algumas pautadas discutidas.
As falas abordaram as diferenças entre as condições de trabalho e direitos dos docentes das várias Iees, demonstrando a diversidade e complexidade do Setor. Possibilitaram, ainda, identificar os pontos comuns de luta dos docentes das Estaduais e Municipais e apontar encaminhamentos que fortaleça a mobilização unificada nacionalmente.
Para a luta do setor das Estaduais e Municipais no próximo período, foi deliberado fortalecer os fóruns e espaços de articulação, reafirmar a luta em defesa da DE como regime prioritário e por democracia interna. Também decidiram por intensificar as campanhas de combate ao assédio sexual e moral, adoecimento docente, e luta pela implementação de comissões e ouvidorias, com representação sindical e estudantil, para apuração de casos.
O salário mínimo definido pelo Dieese foi aprovado como referência de luta pelo piso salarial dos docentes as Iees e Imes em fase inicial de carreira, para o regime de trabalho 20 horas. A luta por carreira docente, com base nos eixos e princípios defendidos pelo ANDES-SN nos estados onde ainda não exista, também foi aprovada.
Os docentes definiram a semana entre os dias 25 e 29 de maio para a realização da Semana Nacional de Luta do setor, com os seguintes eixos: Carreira e DE, Cortes e contingenciamento, saúde docente e condições de trabalho, autonomia universitária e Pacote + Brasil, de forma a dialogarem com o calendário de luta da categoria.
Um ponto que provocou várias inscrições foi o debate sobre o orçamento das universidades Estaduais e Municipais e a luta por garantir recursos suficientes para o funcionamento pleno das instituições. Após a discussão sobre as diferentes composições orçamentárias nos estados, os delegados votaram por lutar por garantias orçamentárias sem contingenciamento, que garantam o funcionamento e a autonomia da gestão financeira, acadêmica e política das Iees e Imes.
O debate sobre a participação do setor na construção do dia nacional de paralisação e luta em 18 de março e possibilidade de uma greve conjunta com o setor das Federais foi discutida, mas o debate foi remetido para votação no Plano dos Setor das Ifes, que ainda estava em discussão ao término da plenária. Os temas referentes a luta dos docentes das Federais foram remetidos para debate e votação na plenária do tema 3, que ocorre na sexta-feira (7), pela manhã.
Data:06/02/2020
Debates sobre conjuntura e movimento docente apontam necessidade de unidade de ação para 2020
Na conjuntura internacional e na nacional, os ataques aos direitos sociais, em particular à Educação Pública, como o Future-se, foram centro do debate da primeira plenária temática do 39º Congresso do ANDES-SN, que já reúne mais de 650 pessoas. O evento, que tem como tema central “Por Liberdades Democráticas, Autonomia Universitária e em defesa da Educação Pública e Gratuita” iniciou na manhã dessa terça-feira (4), na Universidade de São Paulo (USP).
Durante a tarde, foram apresentados e discutidos nove dos dez textos referentes ao tema “Conjuntura e Movimento Docente”. Nas diversas análises, esteve presente o chamado para a construção da unidade na luta como estratégia para enfrentar a ofensiva do capitalismo neoliberal, a ascensão da extrema-direita e os vários ataques que já estão em pauta, como a reforma administrativa, as Propostas de Emenda Constitucional do Pacto Federativo, do Fundo Público e a Emergencial, que prevê a redução de salários para servidores federais, do governo Bolsonaro e do congresso.
As intervenções, tanto dos autores dos textos quanto dos 66 participantes que se inscreveram para fala, ressaltaram as muitas lutas empreendidas em diversos países como Chile, França, Tunísia, Argélia, Equador, Venezuela, Honduras, Bolívia, entre outros. Foi destacada, ainda, a mobilização dos docentes e demais servidores públicos nos estados, em especial contra as reformas das Previdências estaduais, como na Bahia, Ceará, Piauí, Pará, Mato Grosso, Rio Grande do Norte. Destacou-se o papel importante do ANDES-SN na construção de lutas como o 15M e 30M, fruto da unidade de ação com as demais entidades da educação.
Debateu-se a necessidade de ampliar a mobilização na base docente e fortalecer a unidade da classe trabalhadora, na perspectiva de construção da greve do setor da educação, e também de uma greve geral, tendo como referência a data de 18 de março, já apontada como um dia de luta pelo Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe) e outras entidades, visando derrotar as políticas neoliberais e a agenda reacionária do governo Bolsonaro e do congresso.
Avaliação
Para Caroline Lima, 1ª secretária do ANDES-SN, que presidiu a primeira plenária, a mesa de conjuntura apontou a pluralidade de ideias do Sindicato Nacional. “Todos os textos foram apresentados e discutidos. Garantimos um número significativo de falas para o debate, de exposições, o que representa como o nosso sindicato é democrático e respeita as diversas posições que existem dentro do ANDES-SN. As análises de conjuntura apontam para a necessidade de botarmos peso na greve do dia 18 de março, de construirmos uma greve geral e de começarmos a pensar em como radicalizar o movimento da educação e fazermos o enfrentamento à extrema direita e a todos os governos que atacam os direitos da classe trabalhadora”, concluiu.
Data: 05/02/2020.
Edição 65 da Revista Universidade e Sociedade é lançada durante Congresso
A edição 65 da revista Universidade e Sociedade foi lançada durante a abertura do 39º Congresso do ANDES-SN. A publicação semestral traz como tema, nesse volume, “Mobilização e Resistência contra os ataques às Universidades Pública, aos Institutos Federais e ao Cefet”. Também foi apresentado aos participantes do encontro um número especial da publicação, editado em outubro de 2019, sobre a Educação Superior na América Latina.
Segundo Rodrigo Medina, 1º vice-presidente da Regional São Paulo do ANDES-SN e da editoria executiva da revista, o número 65 cumpre missão histórica de pensar a função social das universidades, dos institutos e Cefet e os motivos que os colocam no centro dos ataques.
“O momento histórico que atravessamos hoje torna ainda mais importante refletir sobre o papel da universidade pública na sociedade brasileira. Ou seja, hoje repensar a universidade na quadra histórica em que se aprofundam os ataques sobre ela, no bojo da contrarreforma do Estado, é pensar fundamentos da própria sociedade como um todo”, explica.
Além de artigos sobre o tema central, a publicação também traz outras reflexões, como texto “Violência estatal e exclusão: os desafios da política de segurança pública no rio de Janeiro”. O artigo de Maciana de Freitas e Souza é uma resenha do livro de Marielle Franco, “UPP – A redução da favela a três letras”, resultado da sua dissertação de mestrado.
Educação na América Latina
Para ampliar e contribuir com o debate sobre a educação pública, gratuita e socialmente referenciada em âmbito internacional, o ANDES-SN elaborou uma edição especial bilíngue, com o tema: Educação Superior na América Latina.
A revista propõe uma reflexão entre os ataques que se apresentam de forma imediata e o projeto que estrutura tais ofensivas e a operacionalização do projeto do Capital para a educação superior na América Latina.
Segundo Ana Maria Estevão, 3ª vice-presidente do Sindicato Nacional e da editoria executiva da revista, a Universidade & Sociedade especial é uma forma de expor a conjuntura de desmonte que a educação superior vem sendo alvo em vários países. “O ANDES-SN construiu essa revista especial para mostrar um pouco da realidade da educação superior na América Latina, a partir das imposições dos organismos internacionais e para possibilitar que a categoria identifique que, os ataques que nós estamos sofrendo no Brasil, fazem parte de um projeto internacional. E, que em alguns países, esse projeto já avançou muito, inclusive com a cobrança de mensalidades, desestruturação da carreira docente e desestruturação do sistema público e gratuito de educação superior. Então, é importante que reconheçamos esse projeto internacional que está sendo imposto na América Latina e que possamos construir formas de resistir para manter o atual sistema público, e melhorá-lo a ponto dele se tornar universal”, afirma.
Data: 04/02/2020.
39º Congresso do ANDES-SN começa em São Paulo (SP)
Como o tema central “Por liberdades democráticas, autonomia universitária e em defesa da educação pública e gratuita” teve início o 39º Congresso do ANDES-SN, nesta terça-feira,04 de fevereiro, no auditório do Centro de Difusão Internacional da Universidade de São Paulo. O evento segue até dia 8 de fevereiro, com a expectativa de reunir mais de 700 docentes universitários de todo o país.
Na mesa de abertura, o presidente do ANDES-SN, Antonio Gonçalves, reafirmou os desafios do o Sindicato Nacional em defesa da democracia, das instituições públicas de ensino e do trabalho docente. “Esse é um dos maiores eventos do ANDES-SN. A base do nosso Sindicato promoveu três grandes greves em 2019 e essa é uma sinalização importante de que estamos no campo combativo. Quando o projeto do capital avança, o ANDES-SN avança na luta. Tivemos derrotas importantes com a aprovação da contrarreforma da previdência, com os cortes na educação, com os ataques na produção de ciências e tecnologias. E estivemos lá, em pé, lutando. Caminhamos para uma paridade na diretoria desse Sindicato. E é por isso que temos um grande desafio em elaborar um bom plano de lutas para o período, algo efetivo e combativo. Com muita alegria, declaro aberto o 39º Congresso do ANDES Sindicato Nacional”, pontuou o presidente da entidade.
A 1ª Vice-Presidente da Adusp SSind, que sedia o evento, Michele Schultz Ramos, deu boas-vindas aos participantes e lembrou do histórico de lutas e mobilizações em defesa dos professores e por mais direitos e garantias. “As pautas aqui apresentadas indicam que esse Congresso será muito desafiador. Por este motivo, precisaremos ter discernimento e serenidade. Que consigamos construir um plano de lutas para o próximo período e que seja contundente e forte para combater toda a forma de ataques que temos sofrido. Agradeço a confiança de todos, com a certeza de que faremos um excelente evento”, destacou Michele.
Paulo Barela, representante da CSP-Conlutas, afirmou que o ANDES-SN sempre esteve presente nas lutas contra a retirada de direitos, contra a precarização do trabalho docente, e contra os ataques do governo Bolsonaro. “2019 foi um ano de muitas lutas e o ANDES-SN, ao lado de várias entidades, fortaleceu a mobilização. Nós estamos vivendo em um período de um governo de ultradireita. Precisamos fazer uma reflexão sobre todos os governos que já estiveram à frente do Brasil, e refletir o que devemos fazer sobre os ataques que não atingem apenas a educação, mas áreas como meio ambiente e a sobrevivência humana. Precisamos ter a intenção de avançar na consciência da nossa classe e assim, fazer o enfrentamento e derrubar esse governo nas ruas”, disse Barela.
O 1º vice-presidente da Regional São Paulo, Rodrigo Medina, acrescentou a importância de realizar o encontro em São Paulo. “São Paulo é um importante celeiro na luta da classe trabalhadora, no direito à cidade, e é um importante polo de lutas do movimento sindical. Nossas tarefas ganham ainda maior relevo num momento crucial da luta de classes, que a de se converter a crise capitalista, os ataques à autonomia universitária, a destruição de todo o sistema de pós graduação, agências de fomento à pesquisa científica e tecnológica, a conversão da educação em mercadoria, que caracterizam o mais brutal ataque. Ataque aos direitos sociais, trabalhistas, previdência, que estão em estado avançado de decomposição”, explanou Medina.
Cultura e Resistência
A cultura de resistência ficou a cargo das poesias do grupo Coletivo de Esquerda Força Ativa, apresentando o Slam Letra Preta. Os integrantes Suilan, Élida e Nando Comunista declamaram diversas poesias sobre a história da literatura negra no Brasil. “Este evento é muito oportuno pois nós temos governantes anti-educação que querem sucatear e acabar com a educação pública, desde a fase infantil até a educação superior. Querem transformar as universidades em máquinas de diplomas que produzam pessoas sem consciência de classe, sem entendimento da humanidade. Logo, é muito importante travar esse debate em favor da educação”, pontuou Nando.
Diversidade dos Movimentos Sociais
A abertura do 39º contou com a presença de diversas entidades sindicais, coletivos e movimentos sindicais, que destacaram a luta dos trabalhadores contra o famigerado desmonte do estado que está sendo promovido pelo Estado.
Além dos apresentados acima, estiveram na mesa de abertura, os seguintes dirigentes: Eblin Farage, Secretária-Geral do ANDES-SN; Raquel Dias, 1ª Tesoureira do ANDES-SN; Marie Claire, do Centro de estudos em Defesa da Infância; Mario Balanco, Coletivo Butantã; Juciara Castro, do Núcleo de Consciência Negra; Heloísa Buarque, da Rede Não Cala; Juliana Godoi, do DCE da USP; Iago Montalvão, da UNE; Débora Lima, do MTST; Tânia Godoy, do Cfess; Rosana Fernandes, do MST; Geovana de Souza, da Fenet; Magno Carvalho, do Sintusp; Davi Lobão, do Sinasefe; Toninho, da Fasubra; Lucília Augusta, da Anfop; Wagner Romão, do Fórum das Seis; e Gabriel Colombo, da ANPG.
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